lunes, 3 de marzo de 2008

Noite não há/Del Libro Entre Viejos Cuadernos/Otto Oscar Milanese

Noite não há/Del Libro Entre Viejos Cuadernos/Otto Oscar Milanese

Noite.

Noite não há.

Não! Não há!

Não, não há luz!

Não há, não,

luz não há na palavra!

Luz:

voz da noite,

boca do lume,

correio do silêncio

que a noite guarda.

Palavra.

Palavra não há,

não! Não hã!

Não, não há palavra!

Não há, não,

palavra não há para esquentar a noite do silêncio.

Ah, proximidade dos labios,

palavra!,

inquietação da lingua!,

palavra!,

lume do poema

quando noite não há na voz da alma que te-chama.

Não!

Não há, não!

Não, não há luz, não há,

luz não há na palavra,

pois as palavras são cega entrega ao vida

de tudo áquilo que das luces escapa.


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