Noite não há/Del Libro Entre Viejos Cuadernos/Otto Oscar Milanese
Noite não há.
Não! Não há!
Não, não há luz!
Não há, não,
luz não há na palavra!
Luz:
voz da noite,
boca do lume,
correio do silêncio
que a noite guarda.
Palavra.
Palavra não há,
não! Não hã!
Não, não há palavra!
Não há, não,
palavra não há para esquentar a noite do silêncio.
Ah, proximidade dos labios,
palavra!,
inquietação da lingua!,
palavra!,
lume do poema
quando noite não há na voz da alma que te-chama.
Não!
Não há, não!
Não, não há luz, não há,
luz não há na palavra,
pois as palavras são cega entrega ao vida
de tudo áquilo que das luces escapa.
No hay comentarios:
Publicar un comentario